"Fazer o que?"

Definir um ser parece algo impossível,
na nossa vastidão de adjetivos e sentimentos.
Tornar nossa complexidade singular pode ser algo frio,
mas necessário para nossa evolução,
tal como uma crítica seca e impiedosa.

Alguns podem trazer argumentos.
Outros, pontos de vista antagônicos.
Nada de puxa-sacos com opiniões piedosas.
Só nós podemos chegar a está inesperada conclusão.
É chegada a hora, abram as cortinas do meu ser.

Por que suplicar por uma palavra ou gesto vazios?
Por que curvar-se por um mísero olhar ou atenção?
Por que pedir um beijo? Beijo pedido não presta...
Por que humilhar-se por alguém que nem amas mais?
Por que agredir outrem, só para ter um mero vínculo?
Por que gostar tanto de sorvete e chocolate?
Por que vigiar o celular e a caixa de email´s?
Por que nunca encontrar a dita felicidade a sós?

Que mais posso indagar ou cavucar?
Tal o desespero que toma conta da minha alma.
Nada... Nada mesmo... Nada de fato...
Resta aceitar esta melancólica auto-definição.
Carência... Carência... Carência...

Pronto, foi difícil, mas esta é resposta para tantos “Por que”.
Complicado aceitar a cruel e impiedosa auto-critica.
Amarga constatação para este pobre ser carente.
Sendo assim, é hora de buscar apoio em alguém...
Fazer o que?


Henrique Antunes, 04/06/2011

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